Da cirurgia de redução à redução das cirurgias

Volta e meia aparece no noticiário os nomes de pessoas conhecidas que se submeteram à cirurgia bariátrica (ou de redução de estômago), como o apresentador global Faustão, o secretário do senado Heráclito Fortes, o eterno playboy Chiquinho Scarpa (que quase morre de infecção hospitalar), o campeão de peso-pesado Adilson Maguila e tantos outros. Ver a quantidade de pessoas que fizeram este tipo de cirurgia faz-nos questionar se talvez este procedimento não esteja ficando banalizado. Será? Pense aí: você, que está lendo este post, deve conhecer umas 2, 3 ou 4 pessoas que fizeram a cirurgia do estômago. E, dentre estes, anônimos ou celebridades, quantos será que realmente precisavam se submeter a cirurgia?

Esta tabela classifica a obesidade pelo IMC (índice de massa corpórea, obtido através do cálculo da razão entre peso e altura ao quadrado) e suas diferentes faixas de risco, e pode dar-nos uma noção de quando a obesidade realmente é caso de cirurgia.

Não nos compete julgar, mesmo porque desconhecemos os quadros clínicos de cada paciente. Mas precisamos sempre estar preparados para separar o joio do trigo. A cirurgia bariátrica, em todas as suas variações e técnicas diferenciadas, não pode ser tratada como procedimento estético. A questão da obesidade precisa ser abordada como o assunto sério que é, pois tornou-se um dos mais graves problemas de saúde dos últimos 20 anos, trazendo consigo diversas doenças associadas, como o diabetes, a hipertensão, as doenças cardiovasculares (infarto, derrame, etc), as doenças osteoarticulares, a colelitíase e alguns tipos de câncer.

Importante é buscar o equilíbrio, uma alimentação balanceada, acompanhada de exercícios para não se chegar ao índice preocupante de IMC. Chegando-se a uma faixa de risco, pode-se sempre mudar os hábitos alimentares e praticar exercícios, sempre com acompanhamento médico. Só em casos de muita gravidade a cirurgia deve ser a opção.

Para ajudar o paciente obeso a sanar suas dúvidas, o livro Dieta ou Cirurgia, de Bárbara Thompsom, faz um amplo panorama das características e consequências de cada tipo de procedimento. Além de avaliações de quem já passou por esta batalha, o livro dá dicas para uma adaptação saudável e tranquila. Fica aqui a nossa indicação de leitura, juntamente com mais um saudável convite à reflexão.

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