Cordão umbilical: congelar ou não congelar?


Um dos grandes dilemas da atualidade para os casais que estão esperando um bebê é se vale ou não vale a pena guardar o sangue do cordão umbilical do filho.

A maior parte dos cordões continua sendo descartada logo após o parto em todo o mundo, mas as pesquisas com células-tronco estão crescendo e o sangue do cordão possui uma grande quantidade delas. O principal uso se dá nos transplantes de medula em casos de doenças como leucemias, linfomas e anemias graves – nesses casos, no entanto, o doador precisa ser um parente ou um estranho com código genético compatível, e não a própria pessoa.

Segundo a Academia Americana de Pediatria, a probabilidade de uma pessoa precisar do benefício das próprias células-tronco até os 20 anos seria de 1 em 20 mil.

Assim, só valeria a pena congelar as células-tronco do bebê em banco privado no caso de ter um filho mais velho que sofra de doenças como a leucemia, por exemplo: daí o sangue do irmão mais novo pode ser compatível com o do irmão doente e poderia salvar sua vida.

No mais, o congelamento não tem como garantir a vida em doenças graves. Se o mal é genético, as células do cordão também podem ser doentes, e 90% das pessoas que possuem doenças tratáveis com o sangue do cordão não poderiam usar o seu próprio no tratamento. O que acontece é o uso aparentado, ou seja, entre irmãos, como mencionamos acima. Ainda assim, as chances de compatibilidade são de 25%.

Ainda não há tratamento médico consagrado que utilize o sangue do cordão umbilical para beneficiar a própria criança que teve o sangue armazenado.

Leia aqui sobre o congelamento do sangue do cordão umbilical em bancos privados e em bancos públicos. E aqui, nesta matéria, aprofunde-se no assunto para decidir se vale ou não a pena partir para esta prática “do futuro”.

Agora, o lado mais bacana deste assunto: a solidariedade. Levando toda essa informação em conta, que tal a futura mamãe doar o cordão umbilical para o banco público de medula óssea? Lá ficam cadastrados os dados do sangue coletado e rapidamente pode-se encontrar um doador compatível para um paciente de qualquer parte do país. Com seis mil a oito mil amostras, a chance de encontrar um doador é de 70%. Assim, o objetivo é coletar o maior número possível de amostras.

REDOME - Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea: redome@inca.gov.br

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